Publicado em 21 de março de 2020 às 20h00min

Enfrentando a situação de emergência provocada pelo novo coronavírus
(Covid-19) no país, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
criou uma força-tarefa para apoiar o estado. Cumprindo com sua missão
social de fortalecer a saúde pública, a Universidade está realizando
análises clínicas de outras doenças para reduzir a demanda do
laboratório estadual, bem como está empreendendo esforços na aquisição
de insumos necessários para iniciar testes do Covid-19 e a produção de
álcool, além ter disponibilizado uma cartilha nutricional de
enfrentamento ao coronavírus.
De acordo com o diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS-UFRN),
Antônio de Lisboa Costa, nesta semana, o Departamento de Análises
Clínicas e Toxicológicas intensificou a realização dos exames das
arboviroses (dengue, chikungunya, zika), que ainda representam uma
demanda numerosa. “Esse trabalho da UFRN desafoga a demanda do Lacen
(Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte),
permitindo que o laboratório fique livre para se dedicar,
principalmente, às análises do coronavírus”, explica.
Ainda segundo o diretor Antônio Costa, o Departamento de Nutrição e o
Programa de Pós-Graduação em Nutrição elaboraram a cartilha Orientações
Nutricionais para o Enfrentamento do Covid-19, abordando sobre a
importância da higienização e conservação correta dos alimentos no
contexto do coronavírus, bem como outros aspectos que podem ser
conferidos aqui aqui.

Sobre as ações planejadas para os próximos dias, o Instituto de
Medicina Tropical (IMT-UFRN), em parceria com o estado, pretende
realizar testes do Covid-19, o que vai acelerar os diagnósticos no RN. O
início desse trabalho está dependendo da chegada do kit para testagem
do coronavírus, além de reagentes e equipamentos de proteção individual
(EPIs), que estão com dificuldade de fornecimento devido à grande
demanda causada pela doença. “A UFRN está com toda infraestrutura e
pessoal qualificado para iniciar os testes”, esclarece a diretora do
IMT, Selma Jerônimo.
Na mesma perspectiva, o Núcleo de Pesquisa em Alimentos e
Medicamentos (Nuplam) aguarda a chegada de substâncias para produzir
álcool, assim como o Departamento de Farmácia, que solicitou a
autorização da Vigilância Sanitária. O Núcleo de Estudos em Saúde
Coletiva (NESC) está elaborando também um projeto de extensão para
apoiar a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), ofertando teleorientação
(instruções remotas) para profissionais e para população.
Prevenção
Para a diretora do IMT-UFRN e pesquisadora em doenças infecciosas e
parasitárias, Selma Jerônimo, neste momento, a principal forma de evitar
a propagação do novo coronavírus é intensificar as medidas preventivas,
como a higienização regular das mãos e o isolamento das pessoas. Para a
professora, é preciso ter atenção especial ao grupo de risco (idosos,
diabéticos, hipertensos, e quem tem doenças crônicas, por exemplo).
Contudo, ela lembra que a doença também atinge pessoas jovens e, por
isso, é importante que a quarentena seja praticada, para conter a
disseminação do vírus.
Confira outras ações da UFRN sobre o novo coronavírus aqui.
Fonte: UFRN
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