Senta que lá vem história!
Uma síntese da minha trajetória de formação como professora,
realizada na modalidade a distância.
Fabiana Borges de
Oliveira, professora de ciências
Essa história é sobre uma paraibana de nascença, mas com o coração potiguar e que se considera uma cidadã curraisnovense, mesmo sem ter o título. Vim para Currais em dezembro de 1991, quando tinha ainda sete aninhos. Aprendi a gostar de estudar na Escola Municipal Presidente Castelo Branco e depois continuei esse gosto no Antigo Colégio Comercial, os quais contribuíram para minha formação na educação básica.
Não foi
fácil decidir entrar no ensino superior em uma nova modalidade de ensino. Sou
da primeira turma do curso de Química da modalidade a distância (EaD),
desbravar foi complicado, mas trouxe muitas alegrias. O ano era 2005 eu tinha
sido aprovada no curso presencial de Letras e após uma vida inteira de estudo
presencial e tendo de optar entre um curso já consagrado da UFRN ou outro em
uma nova modalidade de ensino, foi preciso ter coragem, mas também escutar com
atenção a fala da minha querida e eterna primeira tutora Isandra França no
nosso primeiro encontro presencial naquele que viria a ser meu querido polo de
apoio. O Polo de Educação a distância de Currais Novos me ajudou a consolidar
os conhecimentos transmitidos pelos professores através do nosso material
impresso e da plataforma de ensino, moodle, nas suas diversas versões de
aprimoramento, que assim contribuiu para o meu desenvolvimento educacional
formal no nível superior.
A
importância de vir ao Polo, especialmente nos primeiros semestres foi
imprescindível para mim, foi um dos pilares mais importantes: primeiro porque
eu não tinha computador em casa, muito menos internet. Não tinha boa base de
matemática e precisava da ajuda, que sempre vinha, dos demais tutores do curso
de matemática. Por fim, mas muito importante foram as amizades construídas. Por
exemplo encontrar a amiga Celiane tão apaixonada pela educação me inspirou
muito na Jornada e foi outro tesouro que o curso deixou para mim. Em suma,
minha frequência ao polo foi fundamental para a minha formação.
Terminei meu curso e logo depois fui aprovada na seleção para tutora de laboratório de química, para substituir meu amigo e competentíssimo, hoje doutor, Kleison Leopoldino. Esta era uma responsabilidade muito grande, mas tentei na medida do que estava ao meu alcance cumprir este papel durante 4 anos, 2011-2014. Saí da tutoria por minha própria solicitação, pois tinha planos fora de Currais Novos. Entre 2014 e 2015 fui professora em escolas públicas da rede estadual e foi aí que me apaixonei pelas turmas dos 9°anos e resolvi que deveria fazer uma segunda licenciatura agora em Ciências Biológicas. Nesta época trabalhava como agente de endemias concursada e achei que deveria fazer o curso na modalidade EaD também para poder conciliar com o trabalho. Em 2017 aparece novamente um vestibular para licenciaturas em eram ofeecidas vagas para o curso que eu desejava fazer, mas apenas para o polo de Nova Cruz, decidi tentar e fui aprovada.
A 2ª Jornada
em uma licenciatura EaD da UFRN foi menos complexa, já conhecia a metodologia,
aproveitei diversas disciplinas e desta forma pude pagar menos disciplinas ao
longo dos semestres, o que me ajudou a conseguir nesta época, enfim, entrar no
tão sonhado mestrado, hoje sou mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo
Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) vinculado à UFRN e que
faz parte do Centro de Ciências Biológicas onde reencontrei diversos
professores da licenciatura.
Concluí meu
curso de Ciências Biológicas em 2021 e em 2022 concluí meu mestrado e também
fui aprovada no concurso público para professora de Ciências no município de São
Gonçalo do Amarante, RN. Trabalho desde então em uma escola da zona rural deste
município, que me acolheu de braços abertos e na qual sou muito feliz por minha
nova caminhada na educação básica trabalhando agora com todas as séries (e
neste ano, com todas as turmas da escola) dos anos finais do Ensino
Fundamental, a saber, do 6° ao 9° ano. Ensinar ciências tem sido uma grande
satisfação, apesar das deficiências de formação apresentadas pelos estudantes,
tais como leitura, escrita e matemática, do programa dos anos iniciais (1° ao
5° anos). Naturalmente, faço também um esforço para auxiliá-los a superar tais
deficiências. Este é mais um desafio que se apresenta aos professores da
educação básica, o qual temos que enfrentar, para almejar algum sucesso no ensino
de ciências. Eu acredito no poder da educação e seguirei tentando retribuir
nesta área tudo que recebi da educação Pública de qualidade que tive na vida.
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